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Na minha rua tão humilde e tão discreta, meu vizinho era poeta e um outro era cantor. Na mesma rua, no outro lado da calçada, tive uma namorada que foi meu primeiro amor. (João Pacífico 1909 – 1998)



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1924: João vai pra São Paulo em plena revolução.

O certo é que em 1924, aos 15 anos, o jovem João Batista da Silva foi para São Paulo trabalhar como estafeta em uma fábrica de tecidos. Em 1929, voltou para Campinas indo trabalhar como copeiro na casa do bispo da cidade, Dom Francisco de Barros Barreto. Certa feita um amigo, filho do dono da rádio local, o levaria para cantar e declamar na rádio onde acabou sendo contratado e tornou-se presença constante na emissora ao lado dos violinistas João Nogueira e José Figueiredo. Logo depois voltou a trabalhar na Companhia Paulista de Estrada de Ferro como ajudante de lava pratos. O cozinheiro lhe disse para fazer um verso que ele entregaria ao escritor e poeta modernista Guilherme de Almeida, que estava a bordo, em viagem ao interior. O poeta leu e gostou, em seguida mandou entregar um cartão de visitas ao jovem João e o mandou procurá-lo na Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo, onde era diretor.

Raul Torres, o rei da Embolada na época, gostou da música Seo João Nogueira, de João Pacífico, o que lhe renderia um contrato na rádio e um convite para parceiro com o próprio Raul Torres. A música foi gravada na Odeon em 1934 e teve boa aceitação. Em janeiro de 1935 a gravadora lançou uma nova versão na interpretação de Raul Torres e sua Embaixada, com a participação da cantora Aurora Miranda. O disco fez enorme sucesso e animou Raul Torres a continuar a parceria com aquele jovem compositor. Na época gravaram várias músicas, entre elas O Teu Retrato, O Vizinho me Contou, Coroa de Estrelas e Foi no Romper da Aurora.

Frango com polenta

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